quinta-feira, 4 de julho de 2024

Após horas buscando atendimento, senhora consegue vaga em policlínica “precária” de Humildes, diz vereador

 

Uma senhora de 81 anos passou um verdadeiro sufoco ao buscar atendimento médico, ontem (quarta-feira, 3), na rede pública de saúde de Feira de Santana. Após passar quase o dia inteiro circulando pela cidade, só conseguiu uma vaga às 19h na Policlínica do distrito de Humildes. No entanto, as condições da unidade estão totalmente precárias. A observação foi feita pelo vereador Luiz da Feira (PP), durante pronunciamento nesta quinta (4) na Câmara, onde relatou a situação e exigiu providências imediatas das autoridades. “Estive acompanhando esta paciente, do meio-dia até às 20h. É muito desagradável ver um conterrâneo ser atendido em um local que não tem nem as medicações necessárias”, criticou.

Em seu discurso, o vereador ainda ressaltou que os profissionais da policlínica municipal prestaram um “excelente serviço” à idosa, mas que viu macas “rasgadas” e “familiares tendo que comprar a medicação do paciente”. Além disso, acrescentou Luiz da Feira, os funcionários da unidade estão há dois meses sem receber o pagamento de seus salários. “O médico e os demais profissionais atenderam muito bem, mas tiveram que colocar a senhora, que inclusive corre risco de perder quatro dedos, em cima de uma maca sem papel toalha, sem nada. A situação é muito crítica”, frisou.

Conforme relato do parlamentar, antes de conseguir a vaga na policlínica, a paciente ficou um longo tempo dentro do veículo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que, primeiro, passou no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). Em seguida foi para a UPA 24 Horas situada ao lado do HGCA e, também, em unidades do Município como a UPA da Queimadinha e a policlínica do Feira X, contudo sem conseguir assistência.

“Com a UPA do Estado cheia e sem espaço até para sentar, ela levou quase duas horas dentro da ambulância do Samu rodando pela cidade”, disse o vereador. Como integrante da Comissão de Saúde do Legislativo, Luiz da Feira solicitou que a secretária de Saúde do Estado intervenha no problema. “Espero que a gestão estadual providencie abrir o atendimento às pessoas que chegam no Clériston, precisando amputar pé ou dedo, porque não temos isso na rede municipal de Feira. Infelizmente, quem procura o serviço ali volta para casa sem solução”, reclamou.

O vereador sugeriu que a secretaria estadual abra uma exceção e libere atendimento rápido no HGCA, para pessoas com trombose ou membros em situação de necrose. Luiz da Feira também sugeriu que a secretária municipal e o prefeito Colbert Martins Filho sentem com o governador Jerônimo Rodrigues a fim de discutir a situação da saúde. “Que sentem e expliquem, caso não tenham condições de manter as UPAS do Município. E se for preciso, que passem para a gestão estadual, pois a UPA do Estado não suporta ter 30 pessoas aguardando atendimento ao mesmo tempo”, apontou.

 

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