O Município de Feira de Santana
entra, a partir de hoje (21), em estado de alerta epidemiológico máximo, por
conta da dengue, de acordo com decreto assinado pelo prefeito Colbert Martins
Filho. A situação, no entanto, tem sido alvo de alerta da Câmara Municipal há
exatamente 38 dias. Tanto em discursos no plenário como por meio de
requerimento aprovado na Casa, diversos vereadores chamaram a atenção do
Executivo Municipal e cobraram a adoção de medidas, diante da possibilidade de
aumento dos casos da doença.
Uma das iniciativas tomadas, por exemplo, pela presidente
Eremita Mota (PSDB), foi tratar do assunto diretamente com Colbert através de
conversa telefônica no mês de junho. Ao relatar preocupação com a incidência da
dengue, a vereadora obteve sinalização positiva. "Solicitamos empenho em
ações de combate ao mosquito transmissor, e ele foi muito atencioso e se
comprometeu em tratar da situação", informou a vereadora, ao explicar que
a inciativa ocorreu após discutir o problema com a categoria de agentes de
endemias.
Da mesma forma, requerimento aprovado pelo Legislativo no dia 14
do mesmo mês, solicitando ao gestor municipal e da chefe da Vigilância
Epidemiológica, Carlita Correia Luz dos Santos, informações sobre providências
e ações adotadas para conter o avanço da doença. Entre os questionamentos
encaminhados à gestão municipal estão a realização de campanhas educativas em
escolas e por meio de veículos de comunicação, aquisição de algum novo
equipamento para eliminar o agente causador de doenças e número de notificações
e óbitos registrados até aquele momento.
Deficiência no número de agentes de endemias (190 quando
deveriam ser 400), falta de material para as mochilas usadas pelos
profissionais durante o combate às arboviroses (enfermidades provocadas por
insetos e aracnídeos) e ausência de ação de carro fumacê nos bairros, foram
algumas das críticas feitas pelo vereador Emersom Minho (DC), em 13 de junho.
Na Tribuna do Legislativo, o parlamentar advertiu o governo
municipal sobre a probabilidade de agravamento do quadro nos meses seguintes,
em razão do período chuvoso e da detecção de uma “cepa nova” e “mais agressiva”
do aedes aegipty por especialistas.
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