terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Lei que impõe atendimento psicológico e socioassistencial na educação básica não é cumprida em Feira de Santana


Em vigor desde 2019, a Lei Federal 13.935, que determina que o Poder Público assegure o atendimento psicológico e socioassistencial aos alunos da rede pública de educação básica, não está sendo cumprida em Feira de Santana. Em audiência pública realizada nesta segunda (6), pela Câmara de Vereadores, a professora-doutora Marcela Mary José da Silva, da Universidade Federal do Recôncavo, palestrante convidada para o evento, disse que a medida representará verdadeira “revolução” na educação de crianças e adolescentes, além de importante apoio à gestão escolar, às famílias e toda a sociedade.

A audiência pública foi convocada pela Comissão de Educação do Legislativo, tendo à frente o vereador Professor Ivamberg (PT), que presidiu os trabalhos, ao lado do seu colega Professor Jhonatas Monteiro (PSOL). Também integrou a mesa de honra, além da palestrante, a dirigente da APLB-Sindicato, Marlede Oliveira. No plenário, presentes os vereadores Pedro Américo (DEM) e Sílvio Dias (PT), representantes das secretarias de Educação, Desenvolvimento Social e da Mulher, do Conselho Municipal de Educação e de várias organizações não-governamentais.
 
Observa a professora da UFRB que as cidades tiveram um ano para implementar a política pública, após a aprovação da lei, o que não foi feito dentro desse prazo.  “A desculpa era não haver lei e recursos. A lei chegou e os recursos estão aí. Temos também um amplo quadro de profissionais nas duas áreas. O que mais falta agora? Não falta nada, para se materializar”, diz a doutora Marcela. Entende que esses profissionais não devem “entrar de qualquer jeito”, no serviço público, mas por meio de concurso, com direito a salários justos e carga de 30 horas semanais de trabalho. No país, cidades como João Pessoa, na Paraiba, e Limeira, em São Paulo, já contam com psicólogos e assistentes sociais atuando em suas escolas.  

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