A distribuição do kit merenda escolar
e da cesta básica por parte da Prefeitura, em Feira de Santana, no ano passado,
aconteceu meses após o início da pandemia de coronavírus estrategicamente pela
proximidade do pleito eleitoral, presume o vereador Jhonatas Monteiro
(PSOL-Foto). Na sessão desta quinta (29) da Câmara ele fez um relato sobre como
teriam ocorrido os fatos, para afirmar que a Comissão Parlamentar de Inquérito
a ser criada pela Câmara - pedido com 13 assinaturas foi aceito pela Mesa
Diretora esta semana - tem "forte impacto" para a sociedade. Um
dos que subscreveram o documento, o oposicionista diz que a suspensão das aulas
na rede municipal verificou-se em março de 2020 mas apenas em setembro, há dois
meses do pleito para eleger prefeito e vereadores, foi iniciada a entrega de
alimentos para os alunos.
As cestas básicas para famílias que
tiveram a renda afetada na pandemia, por sua vez, foram adquiridas em novembro,
numa compra de R$ 1,5 milhão, "às portas do processo eleitoral". Tais
ocorrências, ele observa, provocaram uma ação na Justiça Eleitoral. "Não é
só uma denúncia, existem indícios mais que suficientes de
irregularidades", atesta. Em seu entendimento, a forma como a Prefeitura
procedeu significa ter havido uma "barganha" que deixou por meses
"crianças sem merenda e famílias sem ter o que pôr de alimento à
mesa". Jhonatas considera haver crimes de "desvio de recursos
públicos, abuso de poder econômico e político", neste procedimento, que
precisam ser investigados.
Fonte: ASCOM
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