A demora para regulação hospitalar de
pacientes diagnosticados com outras doenças na UTI do Hospital de Campanha,
mantido pelo município para tratamento das infecções causadas pela Covid-19,
mantém elevada a ocupação da unidade.
Na
terça-feira, 20, de acordo com a direção da unidade, das pessoas internadas,
apenas três testaram positivo para a infecção. As outras, com doenças diversas,
aguardavam a autorização para serem transferidas para hospitais gerais.
“São
pacientes que precisam ser transferidos porque existe a possibilidade de que
peguem Covid”, disse a infectologista Melissa Falcão, que coordena o Comitê
Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus.
Uma
idosa com 90 anos, que deveria ser prioridade devido a idade, está há uma
semana aguardando que sua transferência para um hospital geral seja autorizada.
A
médica explica que nas unidades gerais, estas pessoas receberão atendimentos
especializados. Os leitos ocupados por pacientes não contaminados, para efeito
estatísticos mantém artificialmente elevado os índices de ocupação destes
espaços.
Melissa
Falcão afirmou que a recomendação é que todas as pessoas que apresentam
sintomas da doença sejam atendidas e submetidas aos exames que diagnosticam a
doença. Muitas são levadas à UTI e depois descobre-se que não estão com
Covid-19.
A
demora para que a regulação seja efetivada, que é responsabilidade da
Secretaria de Saúde do Estado, pode resultar em problemas, caso o paciente com
a infecção precise de um leito na UTI.
Fonte: Secom
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