quarta-feira, 11 de agosto de 2021

CPI vai pedir bloqueio de recursos de farmacêutica que lucrou com ivermectina

 

Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira, 11, o diretor-executivo da empresa farmacêutica Vitamedic, ex-secretário de Cultura Esporte e Lazer de Feira de Santana, Jailton Barbosa, confirmou que a empresa, produtora da Ivermectina, bancou a publicação em jornais de um manifesto de médicos bolsonaristas defendendo o tratamento precoce da Covid-19, sem comprovação científica.

Vitamedic teria destinado R$ 717 mil para financiar manifestos em defesa do chamado tratamento precoce. O laboratório multiplicou as suas vendas de ivermectina durante a pandemia, mesmo após haver comprovação científica de que o medicamento não é eficaz no tratamento da Covid-19.

Os senadores da CPI, então, decidiram ingressar na Justiça Federal com um pedido cautelar de bloqueio de recursos da empresa para ressarcir os cofres públicos.

Embora tenhaafirmado que não mantém contratos com o governo federal, Barbosa reconheceu que fornece seus produtos, entre eles a ivermectina, para estados. Por isso, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), decidiu pedir a medida cautelar, pedido que foi acatado pela direção da CPI.

"Em que pesem as tentativas do depoente de informar que apenas atendeu a demanda do mercado, essas compras são claras violações ao interesse público e às normas que regem as compras públicas no país", disse o senador.

"Eu sugiro que seja feito um pedido cautelar à Justiça Federal pra que bloqueie recursos suficientes pra garantir o ressarcimento aos cofres públicos enquanto durar essa investigação. Eu acho que essa é uma medida cautelar que a CPI deve tomar", completou.

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