quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Nançur, um touro de 1,4 tonelada e com chip de localização


Nançur, um nelore de cinco anos e 1,4 tonelada de peso, se derrete quando o seu tratador Claudionor Magalhães Santos lhe faz uns ‘cafunés’. Deitado, abaixa a cabeça ao nível da maravalha (pó de serra), que serve de cama. Parece tirar um cochilo com o carinho.
“Touro está mais largo”
Claudionor Magalhães, na atividade há cerca de sete anos, diz acreditar que o touro “está mais largo” nos últimos dias. “Foi pesado há cerca de 40 dias”, informa. Outro pesadão é Well de três anos.
O touro, campeão em praticamente todas as exposições que participa, provavelmente é o animal mais pesado da 43ª Exposição Agropecuária de Feira de Santana, que acontece até domingo, 9, no Parque de Exposição João Martins da Silva.
Come 50 quilos de silagem
E tem uma dieta especial para manter-se peso pesado entre os pesos mais pesados. Todos os dias come cerca de 50 quilos de silagem (que é feita com espiga de milho moído com a palha) confinamento para engorda (ração concentrada para engorda) e feno triturado.
Tem filhos sem ter cruzado
O tourão, diz o tratador, tem filhos espalhados pelo Brasil inteiro, mesmo sem nunca ter cruzado com uma fêmea. Dele se retira o sêmen, que é vendido em doses. Vender frascos com as características genéticas superiores é uma das maneiras de ganhar dinheiro com a pecuária de alto rendimento.
O feirense Nancur, cria da Fazenda Tempo, é aparentemente um touro tranquilo. Quem ele não conhece recomenda-se não querer mostrar intimidade. “De vez em quando eles quebram o pau. E se apartam quando um desiste, porque ninguém aparta. Ele é meio bruto”, destaca o tratador.
Touro tem chip de localização
Ele disse não saber qual o valor de mercado de um animal do porte do que cuida. Só diz que é caro. Muito caro. Para poucos bolsos. Apenas para mantê-lo obeso – neste caso é uma situação positiva, estima que o custo mensal seja de R$ 5 mil. É seguido eletronicamente: é chipado para que o dono saiba a sua localização. Com o valor que tem, nada mais natural nos dias de hoje.
Fonte: SECOM/Fotos/Washington Nery

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