Temas de cunho social e étnico-racial estiveram em debate
durante dois dias em Feira de Santana dentro da programação do Novembro Negro.
O XIII Seminário Regional Afro-descendente Portal do Sertão, iniciativa da Ong
Odungê, com o apoio da Prefeitura Municipal, reuniu na terça, 24, e nesta
quarta-feira, 25, no Centro Comunitário Ederval Fernandes Falcão, da Fundação
Senhor dos Passos, bairro Baraúnas, líderes religiosos, estudiosos,
representantes da sociedade civil e do Ministério Público.
O evento contou com palestras e mesas de debate. Na tarde desta
quarta-feira, durante o encerramento, pedagogos da Secretaria Municipal de
Educação, Hely Pedreira, e Renê Nascimento, abordaram sobre a aplicação da lei
complementar de número 11.645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da
cultura africana, afro-brasileira e indígena nas escolas.
Renê Nascimento, que é um dos coordenadores do Núcleo de
Educação para as Relações Etnicorraciais e Educação Escolar Quilombola
(NEREEQ), da Seduc, falou do trabalho de formação de professores que atuam nas
comunidades quilombolas. “Os livros didáticos sempre abordaram a cultura
europeia. A formação dos professores sempre foi pautada na visão eurocêntrica.
Desta forma, a Secretaria de Educação tem proporcionado a formação de professores
para que possam atuar nas comunidades quilombolas”, afirmou.
Lourdes Santana, presidente do Conselho das Comunidades Negras,
considerou a relevância do seminário e comentou sobre a ausência de maior
número de pessoas dos movimentos negros no evento. “Esse é um momento
para debater políticas públicas nas diferentes áreas, como saúde, cultura,
educação, lazer, que contemplem a população negra de modo geral. Mesmo diante
de tantos convites feitos, muitos não compareceram”, disse.
O secretário de Desenvolvimento Social, Ildes Ferreira, esteve
presente.
Fonte/Secom/Foto/Washington Nery
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