Um pedido de acordo, encaminhado ao Ministério Público Federal
(MPF) pelo ex-secretário Municipal de Saúde de Feira de Santana, Marcelo
Britto, pode resultar na devolução de verbas desviadas da pasta. A informação
foi dada na Câmara pelo vereador Professor Ivamberg (PT). Em discurso na sessão
da última terça (5), ele classificou o fato como resultado do “trabalho sério”
desenvolvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou
denúncias de fraudes na área de saúde da Prefeitura, finalizada em junho de
2022.
“No relatório, apontamos a descoberta de fraude na saúde de
Feira. Um desvio de R$ 200 mil, envolvendo os nomes deste secretário à época,
juntamente com seu colega de Denilton Brito (então secretário de Governo)”,
disse o parlamentar, que exerceu o cargo de relator do órgão investigativo.
Conforme Ivamberg, o ex-dirigente da saúde tenta o chamado Acordo de Não
Persecução Penal (ANPP) junto ao MPF, no intuito de devolver o dinheiro e
prestar serviços à comunidade.
“Com isto, tivemos agora a prova cabal que o desvio ocorreu
verdadeiramente. Pois, ninguém devolve algo que não pegou ou faz acordo se não
tiver culpa”, observou. Este tipo de mecanismo, acrescentou ele, se negocia
quando o acusado decide pagar pelo que fez de errado, numa tentativa de evitar
o processo judicial tradicional.
O vereador celebrou o fato como “fruto das investigações da CPI”
e disse desejar ver ocorrer o mesmo em outras situações. “Como este, muitos
outros desvios são feitos no município. Se o que foi desviado aqui, fosse
devolvido, a saúde iria ficar excelente”, afirmou, destacando que a Operação
“Pityocampa”, realizada pela PF no município, acusou desvio de R$ 100 milhões,
também na área de saúde: “É muito dinheiro. Gostaríamos que todos tivessem a
hombridade e devolvessem”.
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