O projeto do Poder Executivo que
trata sobre o reajuste salarial dos servidores municipais deverá ser votado na
próxima terça-feira (26), conforme sinalizou hoje a presidente da Câmara,
Eremita Mota (PSDB). O documento retornou à Prefeitura na semana passada, a fim
de que o Executivo pudesse fornecer informações complementares a respeito do
impacto financeiro da proposta, bem como outros aspectos que necessitam de uma
análise mais detalhada. A galeria da Câmara esteve lotada durante a sessão de
hoje pela manhã, com representantes de diversos segmentos do funcionalismo, principalmente
professores, que reclamaram da demora no pagamento do reajuste.
Houve pronunciamentos sobre o assunto por vários parlamentares,
a exemplo do vereador de oposição Jhonatas Monteiro (PSOL). "Deixaram de
fora várias categorias, a exemplo dos agentes de endemias e de saúde (que
também estiveram na galeria). Precisamos cobrar um posicionamento em
relação a isso, porque não se trata de um favor feito pelo prefeito Colbert
Martins filho. Estamos tratando de leis, que garantem o piso de diversas categorias
do serviço público", disse.
O vereador também citou a classe dos profissionais de serviços
gerais que, segundo ele, "é a mais afetada ao longo do tempo pelo mínimo
reajuste concedido, quando ocorre". Disse ainda que isso é "uma
imoralidade e uma ilegalidade". Frisou que a Comissão de Finanças já
recebeu o parecer referente ao projeto de reajuste, mas este só será discutido
na terça-feira (26): "Esperamos que esse tempo seja utilizado pelas
categorias para que se mobilizem a fim de garantir as melhorias devidas".
O vereador, também de oposição, Silvio Dias (PT) reforçou que
várias classes precisam de reajuste específico, a exemplo dos professores.
"Apresentei um requerimento que está tramitando nesta Casa a fim de
garantir essa porcentagem a mais porque, o que estamos vendo, é uma sequência
de ações desprestigiadas por parte do prefeito Colbert Martins Filho, que não
dá valor ao serviço público", disse. Conforme o petista, é preciso
"olhar e ver que há um modelo político engessado, que precisa de um
basta".
Citou que quem esteve em Brasília pôde ouvir, principalmente por
parte dos empresários, que "chega” desse atual formato de gestão pública
municipal. Ele diz que o feirense vive uma situação em que "o trabalhador
não pode ir ao seu emprego porque o transporte público não funciona, e que mães
não têm apoio de creches para deixarem suas crianças e conseguirem
trabalhar".
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