sábado, 17 de junho de 2023

Vereadores analisam, em sessão da Câmara, ação do MPF contra ex-prefeito José Ronaldo

 

A informação de que o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, foi acionado na Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF), por suposta improbidade administrativa envolvendo contratações de empresas terceirizadas na saúde, repercutiu hoje (15) na Câmara. O assunto dominou os debates em plenário entre vereadores que fazem oposição ao ex-gestor e os que são aliados dele. Segundo o petista Silvio Dias, a iniciativa do MPF resulta de várias investigações realizadas entre 2017 e 2019, que foram alvo de operações policiais no município. “Temos denunciado durante anos que essas contratações fazem parte de um projeto político que mantém o grupo do ex-prefeito no poder há 20 anos, através de cooperativas e empresas terceirizadas”, disse.

O vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), disse ter ficado preocupado porque não houve contestação do conteúdo denunciado. “Quem fez a defesa do ex-prefeito em seu discurso, não diz que não houve fraude, superfaturamento ou investigação inconsistente do MPF, nem contestou o que dá base à denúncia. Se valer o argumento de ações em período eleitoral, não deverá então haver investigação, porque sempre temos ano eleitoral ou pré-eleitoral”, frisou.  Professor Ivamberg (PT), afirmou que a CPI da Saúde, na Câmara, já trazia dados sobre irregularidades em contratações da Prefeitura. “Inclusive, trouxe o indiciamento de 11 pessoas. Agora o MPF fala de irregularidades envolvendo cooperativas de saúde. Se nada acontecesse e a Policia Federal não atuasse, não se teria dois secretários exonerados e a possibilidade de Ronaldo ter seus direitos políticos cassados”, pontuou.

Próximo a Ronaldo, o vereador Marcos Lima (UB) disse que esse tipo de denúncia sempre surge em períodos pré-eleitorais. "É uma tentativa de impedir a candidatura de José Ronaldo, pois foi candidato a governador e a outros cargos e não teve problema. Agora, que pode voltar a ser prefeito surge isso. Que seja apurado”, defendeu. Semelhante entendimento é defendido pelo líder governista José Carneiro (MDB), que credita o fato ao incômodo de opositores à liderança exercida pelo político. “´Foram buscar factoide na tentativa de atingir a imagem da maior liderança de Feira. Mas não vão conseguir porque ele construiu sua trajetória com dedicação, honestidade e competência ao assumir por quatro vezes a Prefeitura”, rebateu. "Tudo não passa de uma tentativa de prejudicar e perseguir José Ronaldo", entende o vereador  Lulinha (UB).

 

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