A Secretaria de Saúde de Feira de Santana divulgou nesta
terça-feira (21) que já são 371 os casos confirmados de chikungunya na cidade.
Conforme o levantamento foram notificados 1.015 casos suspeitos da doença,
sendo 371 casos confirmados, 39 casos descartados e 605 que continuam em
investigação.
No último boletim divulgado pela Secretária de Saúde do município,
eram 274 casos confirmados.
Ainda de acordo
com a secretaria do município, os casos suspeitos estão concentrados na faixa
etária de 35 a 49 anos, seguida da faixa etária 20 a 34 anos e faixa etária 50
a 64 anos. O sexo feminino predomina com 665 (65,52%) e masculino com 350 (34,48%).
Conforme o levantamento divulgado nesta terça-feira,
foram notificados casos em 66 localidades de Feira de Santana, sendo o bairro
de George Américo com a maioria das notificações, seguido pelo bairro Campo
Limpo, Sítio Novo, povoado Rio do Peixe (Distrito de Jaguara), Cidade Nova,
Sobradinho, Pampalona, Parque Ipê e Gabriela.
Os pacientes com diagnóstico confirmado da doença não
relatam viagem a países com transmissão da doença, sendo considerados casos
autóctones. Não há registro de morte em decorrência da doença na Bahia.
Doações suspensas
As campanhas
externas de doações de sangue realizadas pela Fundação de Hematologia da Bahia
(Hemoba) na cidade de Feira de Santana foram
suspensas a por tempo indeterminado, devido aos índices de casos de
contaminação por chikungunya
. "Estamos
acompanhando semanalmente o boletim da Vigilância Epistemológica. Por conta do
aumento do número, as campanhas externas estão suspensas. A unidade continua
aberta com triagem muito mais rigorosa do que existia. Temos uma rede com mais
de 20 unidades na Bahia e elas estão dando suporte para o nosso estoque",
explica a assistente social e coordenadora da unidade, Luciene Coutinho.
De acordo com ela, as ações externas são constantes na
cidade e feitas em parceria com diversas instituições para facilitar o acesso
de doadores de sangue.
Segundo a Secretaria de Saúde do estado, as
confirmações dos casos por exame laboratorial eram necessárias para
conhecimento da doença, entretanto, como já se conhece a manifestação, vetor e transmissão, a
confirmação da doença será dada mesmo sem o exame. São os critérios clínicos e
epidemiológicos que fazem a identificação.
Entenda o vírus
A infecção pelo vírus chikungunya provoca
sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano
makonde, o nome chikungunya significa "aqueles que se dobram", em
referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores
articulares que a doença causa.
Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus
mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros
problemas de saúde, pode até contribuir como causa de morte, porém complicações
sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus chikungunya pode ser transmitido pelo mesmo
vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes
albopictus, e a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da
dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças
Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). O risco aumenta em
épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles picam
principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à
dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não
apenas em cidades.
Fonte: G 1
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