Definido como doença pela OMS (Organização Mundial de Saúde), a
dependência química nem sempre é vista dessa maneira e estas pessoas não
recebem o tratamento interpessoal ou assistência adequada como deveria. Em
Feira de Santana mais de 5,5 mil pessoas estão cadastradas no CAPS ad (Centro
de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas Dr. Gutemberg Almeida), para se tratar
contra consumo e uso de drogas lícitas e ilícitas. Cerca de 800 pacientes estão
em tratamento.
Com vistas à transformação nesta relação, profissionais de atuam na Rede
Municipal de Atenção em Saúde Mental participam, durante todo dia, do “II
Simpósio sobre dependência química do CAPS ad”, promovido pela Secretaria de
Saúde, por meio do órgão. “O objetivo é capacitar profissionais que trabalham na
rede de cuidados”, disse a coordenadora do CAPS as, a psicóloga Carolina
Carvalho. Nem sempre estes doentes são vistos como tais. As capacitações visam
mudar este ponto de vista entre os profissionais, que levam estas informações
ao público.
Ela explica que o CAPA ad trabalha com a redução de danos provados pelas
drogas nos dependentes e não com a abstinência, que é consequência do
tratamento. “A abstinência deve ser desejo pessoal do dependente”, completa. A
unidade trabalha com demanda espontânea – ninguém é obrigado a iniciar ou a
continuar o tratamento. A relação baixa entre a quantidade cadastrada e a que
continua frequentando a unidade é consequência de altas, desistências ou
transferências de domicílio ou local de tratamento.
O CAPS ad, diz a coordenadora, é a única unidade pública em Feira de
Santana especializada neste tipo de tratamento. Na cidade os casos mais
frequentes entre as pessoas acime de 35 anos é o abuso no álcool e no cigarro.
O crack apresenta como problema que predomina entre os jovens de 15 a 24 anos.
Programação
9h: Conferência de abertura – O Tratamento da Dependência Química na
atualidade: impassos e desafios, com Lauro Reis, psiquiatra
assistente do CAPS ad
10h30: Palestra – O papel da Defensoria Pública no cuidado a dependentes
químicos no município de Feira de Santana, com Aline Khoury, defensoria
pública / Vara de Tóxicos FSA
14h: O Papel da Família no Tratamento da Dependência Química, com Lívia
Caroline, psicóloga especialista em Gestalt Terapia pelo IGTBA; especializada
em Psicologia Hospitalar pelo IDEP.
15h: Uma análise funcional da dependência química e a prontidão para
mudança, com Kamila Navarro, psicóloga assistente do CAPS ad
16h: Mesa redonda com relatos de experiências no cuidado aos pacientes
do CAPS ad
Fonte: Secom
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