quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Nem sempre dependente químico é visto como doente, observa especialista

Definido como doença pela OMS (Organização Mundial de Saúde), a dependência química nem sempre é vista dessa maneira e estas pessoas não recebem o tratamento interpessoal ou assistência adequada como deveria. Em Feira de Santana mais de 5,5 mil pessoas estão cadastradas no CAPS ad (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas Dr. Gutemberg Almeida), para se tratar contra consumo e uso de drogas lícitas e ilícitas. Cerca de 800 pacientes estão em tratamento.

Com vistas à transformação nesta relação, profissionais de atuam na Rede Municipal de Atenção em Saúde Mental participam, durante todo dia, do “II Simpósio sobre dependência química do CAPS ad”, promovido pela Secretaria de Saúde, por meio do órgão. “O objetivo é capacitar profissionais que trabalham na rede de cuidados”, disse a coordenadora do CAPS as, a psicóloga Carolina Carvalho. Nem sempre estes doentes são vistos como tais. As capacitações visam mudar este ponto de vista entre os profissionais, que levam estas informações ao público.

Ela explica que o CAPA ad trabalha com a redução de danos provados pelas drogas nos dependentes e não com a abstinência, que é consequência do tratamento. “A abstinência deve ser desejo pessoal do dependente”, completa. A unidade trabalha com demanda espontânea – ninguém é obrigado a iniciar ou a continuar o tratamento. A relação baixa entre a quantidade cadastrada e a que continua frequentando a unidade é consequência de altas, desistências ou transferências de domicílio ou local de tratamento.

O CAPS ad, diz a coordenadora, é a única unidade pública em Feira de Santana especializada neste tipo de tratamento. Na cidade os casos mais frequentes entre as pessoas acime de 35 anos é o abuso no álcool e no cigarro. O crack apresenta como problema que predomina entre os jovens de 15 a 24 anos.

Programação

9h: Conferência de abertura – O Tratamento da Dependência Química na atualidade: impassos e desafios,  com  Lauro Reis, psiquiatra assistente do CAPS ad

10h30: Palestra – O papel da Defensoria Pública no cuidado a dependentes químicos no município de Feira de Santana, com  Aline Khoury, defensoria pública / Vara de Tóxicos FSA

14h: O Papel da Família no Tratamento da Dependência Química, com Lívia Caroline, psicóloga especialista em Gestalt Terapia pelo IGTBA; especializada em Psicologia Hospitalar pelo IDEP.

15h: Uma análise funcional da dependência química e a prontidão para mudança, com Kamila Navarro,  psicóloga assistente do CAPS ad

16h: Mesa redonda com relatos de experiências no cuidado aos pacientes do CAPS ad


Fonte: Secom

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