Investigações da Polícia Federal (PF) sobre o desvio de
verbas públicas repassadas pelos ministérios da Educação e da Saúde resultaram
na prisão do empresário Ramiro José Campelo de Queiroz, ex-prefeito de Valença,
município localizado a 272 quilômetros de Salvador,
na manhã desta quinta-feira (6).
Durante buscas realizadas na residência do ex-gestor, a
fim de apurar as denúncias de irregularidades, a polícia acabou encontrando
armas e munições. As apreensões resultaram na prisão em flagrante do
ex-prefeito por posse ilegal de armas.
Segundo o delegado federal responsável pelo comando da
operação, Fábio Marques, informou que o empresário Ramiro Queiroz está sendo
encaminhado para sede da PF no município de Ilhéus, a 188 quilômetros de
Valença.
As buscas realizadas na residência do ex-gestor integram
a Operação Ramsés, que prevê o cumprimento de oito mandados de busca e
apreensão em todo o município.
Investigações
Segundo a Polícia Federal, as investigações do órgão
apontam que entre os anos de 2009 e 2010, o então prefeito Ramiro Queiroz e o
secretário municipal de Infraestrutura e Urbanismo desviaram recursos públicos
por meio de fraude de licitações.
De acordo com o órgão federal, os gestores montavam
procedimentos licitatórios em benefício de empresas determinadas ou em nome de
empresas fantasmas. A polícia ainda detalha que o desvio das verbas dos
ministérios da Saúde e Educação, promovidas por meio da falsificação de
certidões públicas, fica evidente em obras entregues fora do padrão contratado,
como também em qualidade ou quantidade inferior ao previsto.
Conforme a PF, uma pessoa que teve a identidade
preservada confessou ter participado da fraude, estimando que entre janeiro de
2009 e novembro de 2010 realizou saque de aproximadamente R$ 3 milhões, valor
entregue aos demais integrantes da suposta organização criminosa.
Por meio da operação Ramsés, a PF realiza buscas na
prefeitura de Valença, nas secretarias de Educação, Saúde e Infraestrutura,
como também nas residências dos
envolvidos. Segundo a PF, os investigados serão ouvidos,
mas responderão em liberdade por crimes como peculato, crime de responsabilidade de
Prefeito e formação de quadrilha.
Fonte: G 1
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