Empresas varejistas ameaçam demitir 600 mil
pessoas, caso o comércio não seja reaberto até a segunda quinzena de abril. As
possíveis demissões representam um terço dos funcionários do setor, que emprega
23,5% dos trabalhadores com carteira assinada – algo em torno de 9,1 milhões de
pessoas.
De acordo com informações
da Folha de S.Paulo, o movimento é liderado por Flávio Rocha, dono da
Riachuelo, e Luiza Trajano, da Magazine Luiza, e tem pressionado o presidente
Jair Bolsonaro. Por outro lado, oficialmente o discurso seja o de estarem
empenhados em preservar os empregos em meio às recomendações de distanciamento
social estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
Nos bastidores,
empresários do setor tentam convencer a cúpula econômica do governo a
implementar um modelo semelhante àquele adotado pela Coreia do Sul: parte da
população voltou ao trabalho depois da realização de testes para garantir que
não haveria novas contaminações. Apesar da sugestão, os empresários nãp
apresentaram uma proposta de como arcar com os custos dos testes para a
população.
Ainda de acordo com a
Folha de S.Paulo, assessores de Bolsonaro relataram que a pressão do grupo
aumentou depois que Mato Grosso, Rondônia e Santa Catarina decidiram liberar
parcialmente o comércio e os serviços. Pessoas próximas ao ministro da
Economia, Paulo Guedes, afirmaram que o empresário Abilio Diniz, fundador do
Pão de Açúcar e principal acionista do Carrefour, também se queixou ao
ministro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário