A Câmara de Feira de Santana quer debater a crise no transporte público da cidade, mas, de acordo com o presidente da Casa, Fernando Torres (PSD), o Poder Executivo tem dificultado ao máximo essa discussão. Ele lembra que, ao longo de 2021, a nova legislatura tratou com prioridade os problemas de locomoção dos feirenses por meio de ônibus, mas enfrentou o desinteresse do prefeito Colbert Martins Filho e da Secretaria de Transportes.
Há vários requerimentos aprovados com
pedidos de informações sobre as razões da crise e cobrando do Governo ações
contra o desrespeito dos empresários ao contrato com o Município, mas nenhuma
resposta. O Legislativo convidou o secretário Saulo Figueiredo a comparecer em
plenário para dialogar com os vereadores em busca de soluções para os
problemas, mas como tantas outras propostas, está é mais uma a não receber
atenção governamental.
Tamanho descaso pode levar a Câmara a
instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as
responsabilidades das empresas e da Prefeitura. O vereador Professor Jhonatas
Monteiro (PSOL) obteve as assinaturas regimentalmente necessárias e apresentou
ofício à Mesa Diretora para criar a CPI, o que pode ocorrer logo no retorno das
atividades legislativas, em fevereiro.
RISCO DE CALOTE
“As empresas estão indo embora, vão
dar o calote nos trabalhadores e na população", diz o vereador Edvaldo
Lima (MDB), diante de medida adotada pela empresa Rosa, que "tirou metade
dos seus ônibus de Feira sem que o Governo tenha se manifestado”. Ele é o autor
do requerimento cobrando a presença do secretário da pasta de Transportes na
Câmara e ainda não atendido. Edvaldo anunciou que recorreria ao Ministério
Público e também à Justiça para "impedir que os desmandos continuem".
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