O projeto
do Poder Executivo Municipal propondo a Lei Orçamentária Anual de Feira de
Santana (LOA) para 2022 não está adequada, em termos considerados fundamentais
para a sociedade, à Lei de
Diretrizes Orçamentárias, aprovada pela Câmara de Vereadores e publicada no
Diário Oficial em 10 de dezembro do ano passado.
Esta é a razão principal,
indicada pelo Poder Legislativo, para a devolução do texto da LOA ao Governo,
fato registrado em 12 de janeiro deste ano. De acordo com a Procuradoria Geral
do Legislativo, a Lei Orçamentaria deve estar em sintonia com a LDO na medida
em que a Câmara, em sua autonomia constitucional, fez alterações através de
emendas, aprovadas democraticamente em plenário, em algumas diretrizes de
grande repercussão na vida da população.
"A Câmara cumpriu
verdadeiramente o seu papel de órgão de defesa do interesse da sociedade, na
votação da LDO. E está fazendo exatamente a mesma coisa com a Lei
Orçamentária, fiscalizando o que está errado na proposta do Executivo e
sugerindo alterações, não para beneficiar a vereadores, mas ao povo", diz
o presidente da Casa da Cidadania, Fernando Torres (PSD).
Feitas as modificações necessárias,
adequando a LOA à nova LDO, o presidente garante que os vereadores vão discutir
a matéria "com a celeridade que o assunto requer". Fernando lamenta
que o prefeito Colbert Martins Filho "em vez de proceder os ajustes de
ordem legal, tenta colocar a imprensa contra a Câmara". Ele se refere a decisão
do Governo de suspender a publicidade institucional nos meios de
comunicação.
O procurador geral da Câmara,
André Novais, afirma que a Mesa Diretora está sustentada na legalidade:
"os senhores vereadores não estão retardando o processo, mas cumprindo o
seu papel, de exigir a observação da lei". Ele explica que o
Executivo tinha prazo de 30 dias, até 9 de janeiro de 2022, para
encaminhar a LOA adequada a LDO. Portanto, argumenta, havia tempo suficiente
para efetuar os ajustes, " que são de relevância social para a
cidade", levando em conta o aprovado na Lei de Diretrizes.
"É como os próprios nomes
dizem: Lei Orçamentaria e Diretrizes Orçamentárias são complementares por
si e precisam estar devidamente sincronizadas. Foi este o fato que levou a Mesa
a devolver o projeto ao Executivo, na expectativa de que sejam feitas,
urgentemente, as devidas correções", afirma o procurador do Legislativo.
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