O Exame Nacional de Ensino Médio
(Enem) de 2019 deve custar R$ 537 milhões, informou na manhã desta
quinta-feira, 10, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes. A estimativa é de que o
custo seja de R$ 105,52 por candidato inscrito.
Nesse cálculo, estão incluídos gastos
com a impressão, envio, aplicação e despesas com segurança da prova, por
exemplo. No ano passado, o custo por aluno foi equivalente a R$ 106,13, disse.
O montante efetivamente desembolsado
em 2018 está acima do que havia sido divulgado antes de o exame ser aplicado.
Na época, a estimativa de custo por aluno era de R$ 84,66. Lopes atribuiu a
diferença dos valores à mudança nos critérios. No cálculo anunciado ano
passado, algumas despesas não haviam sido consideradas.
Os valores divulgados nesta quinta
podem mudar, afirmou o presidente do Inep.
Se a abstenção for alta, disse, os
valores podem se reduzir. Mas, completou, se houver a necessidade de
reaplicação da prova (o que ocorre nos casos em que alunos não podem realizá-la
no dia marcado por causas como falta de luz, alagamentos próximo do local do
exame), os custos poderão ser mais altos. "Se tivermos que fazer um número
de reaplicações maior que o normal, teremos que imprimir mais provas", explicou.
A edição deste ano conta com 5,1
milhões de inscritos. A maior parte dos candidatos está em São Paulo, Estado
que concentra 816.015 candidatos.
Neste ano, serão 10.133 locais de
provas e 147.565 salas de aula. A prova será feita nos dias 3 e 10 de novembro.
O presidente do Inep advertiu que
candidatos devem tomar um cuidado redobrado com os aparelhos eletrônicos.
Candidatos que deixarem aparelhos ligados, mesmo que guardados apropriadamente
e colocados embaixo da carteira, poderão ser desclassificados. Lanches também
serão vistoriados.
O ministro da Educação, Abraham
Weintraub, afirmou que provas já foram impressas e metade do material já foi
encaminhado para o destino. Ele lembrou que este será o último ano em que a
prova será feita totalmente de forma impressa. A partir de 2020, o cronograma
prevê uma transição progressiva para a prova digital. A expectativa, de acordo
com o presidente do Inep, é de que a migração para a prova digital possa
reduzir as abstenções.
Lopes observou ainda que a maior
parte do custo da prova do Enem é financiada pelo instituto. Dos R$ 537 milhões
que devem ser desembolsados para a realização da prova neste ano, R$ 179,7
milhões são provenientes de recursos obtidos com a taxa de inscrição.
· Fonte:
Estadão/Ligia Formenti
· Foto:
André Nery MEC
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