terça-feira, 15 de outubro de 2019

Após fuga de adolescentes da Case, faculdade particular e parte do comércio são fechados em Feira de Santana

A fuga dos 17 internos da Comunidade de Atendimento Socioeducativo (Case) Juiz de Melo de Matos, em feira de Santana, causou o fechamento de parte do comércio da região e a suspensão das aulas de uma faculdade particular nesta terça-feira (15). A Case fica na rua Artêmia Pires.

De acordo com a Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), três jovens já foram encontrados durante operação de busca da polícia.

Segundo a polícia, a fuga ocorreu na noite de segunda-feira (15) depois dos adolescentes renderem alguns socioeducadores que estavam em serviço e exigirem que os acessos do local fossem abertos. A polícia também informou que eles fugiram com armas artesanais do tipo "chucho", com madeira, lápis e ferro.

A comerciante Hanna Sena estava com clientes no estabelecimento na hora do ocorrido e, por questões de segurança, fechou o local.

"Eu estava com seis clientes lá no meu bar e de repente começou a chegar mensagens no meu whatsapp, inclusive de um cliente que já tinha acabado de sair. Tive que fechar. Perdi as vendas porque estava com uma clientela boa, cliente já de tempo. Nesse meio tempo, ficamos no prejuízo, mas a segurança da gente é mais importante do que tudo", contou Hanna.

A comerciante Valdirene Souza estava na região quando a fuga aconteceu e relatou o susto das pessoas.

"Tinha um pessoal no ponto de ônibus esperando o coletivo, os motoristas de van e ônibus que traz alunos de fora. No momento que eles [adolescentes] saíram, foram muitos meninos, acho que uns 15. Então ficaram meio que assustados. Os meninos correram em direção sentido a sinaleira, como se fosse para o centro da cidade", disse Valdirene.

O coordenador da Fundac, Emilson Piau, explicou que há uma quantidade de socioeducadores proporcionais ao número de adolescentes, onde realizam diversas atividades escolares.

"Temos a relação de aproximadamente 3 socioeducadores para cada adolescente nas nossas unidades e contamos também, na área externa, com o apoio da Polícia Militar com o batalhão de guarda. Todos trabalham desarmados porque é um processo de parceria e humanização de atendimento  e de requalificação desses adolescentes para eles aprenderem que podemos viver de forma não violenta na sociedade", contou Emilson.

Em nota, a Fundac informou que a Polícia Militar (PM) continua as buscas pelos adolescentes. O órgão também disse que foi instalada uma Comissão de Apuração Disciplinar para averiguar o caso.

Fonte: G1

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