A fuga dos 17 internos da Comunidade de Atendimento
Socioeducativo (Case) Juiz de Melo de Matos, em feira de Santana, causou o
fechamento de parte do comércio da região e a suspensão das aulas de uma
faculdade particular nesta terça-feira (15). A Case fica na rua Artêmia Pires.
De acordo com a Fundação da
Criança e do Adolescente (Fundac), três jovens já foram encontrados durante
operação de busca da polícia.
Segundo a polícia, a fuga
ocorreu na noite de segunda-feira (15) depois dos adolescentes renderem alguns
socioeducadores que estavam em serviço e exigirem que os acessos do local
fossem abertos. A polícia também informou que eles fugiram com armas artesanais
do tipo "chucho", com madeira, lápis e ferro.
A comerciante Hanna Sena
estava com clientes no estabelecimento na hora do ocorrido e, por questões de
segurança, fechou o local.
"Eu estava com seis
clientes lá no meu bar e de repente começou a chegar mensagens no meu whatsapp,
inclusive de um cliente que já tinha acabado de sair. Tive que fechar. Perdi as
vendas porque estava com uma clientela boa, cliente já de tempo. Nesse meio
tempo, ficamos no prejuízo, mas a segurança da gente é mais importante do que
tudo", contou Hanna.
A comerciante Valdirene Souza estava na região quando a fuga
aconteceu e relatou o susto das pessoas.
"Tinha um pessoal no ponto de
ônibus esperando o coletivo, os motoristas de van e ônibus que traz alunos de
fora. No momento que eles [adolescentes] saíram, foram muitos meninos, acho que
uns 15. Então ficaram meio que assustados. Os meninos correram em direção
sentido a sinaleira, como se fosse para o centro da cidade", disse
Valdirene.
O coordenador da Fundac, Emilson Piau,
explicou que há uma quantidade de socioeducadores proporcionais ao número de
adolescentes, onde realizam diversas atividades escolares.
"Temos
a relação de aproximadamente 3 socioeducadores para cada adolescente nas nossas
unidades e contamos também, na área externa, com o apoio da Polícia Militar com
o batalhão de guarda. Todos trabalham desarmados porque é um processo de
parceria e humanização de atendimento e de requalificação desses adolescentes para eles aprenderem que
podemos viver de forma não violenta na sociedade", contou Emilson.
Em nota, a Fundac informou que a
Polícia Militar (PM) continua as buscas pelos adolescentes. O órgão também
disse que foi instalada uma Comissão de Apuração Disciplinar para averiguar o
caso.
Fonte: G1
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