A média de cinco litros de leite que
semanalmente a estudante Letícia Dias dos Santos doa ao Banco de Leite Humano do
Hospital da Mulher da para atender as necessidades de dois dias dos 16 bebês
internados na UTI e no berçário da instituição.
Em
um mês, a doação passa de 20 litros – ou aproximadamente 240 litros por ano. É,
seguramente, mais produtivas das atuais doadoras para a instituição mantida
pela Prefeitura de Feira de Santana.
A
moradora do George Américo é uma das maiores doadoras em toda a história do BLH
do hospital. Desde a primeira filha, Maria Eduarda, que doa o excedente da sua
produção. “Sinto uma satisfação grande em saber que estou ajudando crianças”.
Estas
crianças demandam entre dois e três litros de leite, todos os dias. As dez do
berçário, diz a enfermeira do BLH, Nadja Vieira, por serem maiores, consomem
mais do que as seis internadas na Unidade de Terapia Intensiva.
Comenta
que a sua disposição é um ato de solidariedade para com mães que não produzem
este alimento quando seus filhos estão internados e com as crianças, que saem
do hospital sem comprometimento nutricional.
“Recentemente
passei três dias no Hospital da Criança e vi as dificuldades enfrentadas pelas
crianças e a agonia das suas mães por não produzirem leite suficiente para
atender as necessidades dos filhos. Doei o que pude”, afirmou.
Ela
disse que faz a ordenha três vezes ao dia: quando acorda, à tarde à noite,
antes de dormir. “Os peitos cheios de leite me incomodam mais para dormir do
que a minha filha”.
Todas
as terças-feiras a subtenente Luciana Cruz e a sargento Egina Taciana, ambas do
Corpo de Bombeiros, vão à casa de Letícia Dias dos Santos para pegar a produção
da semana. “São vários frascos de 600 mililitros”.
Diz
que todos os dias faz a ordenha manual. Parte vai para o congelador e outra é
colocada no refrigerador para que a filha Maria Helena, de três meses, seja
amamentada à noite, pela avó Vandira Dias dos Santos, enquanto ela está no
colégio.
Para
produzir tanto leite, capricha na alimentação saudável – evita frituras, não
bebe ou fuma. Se orgulha ao vir semanalmente a quantidade de frascos estocados
no congelador. “Faço a ordenha com cuidado para não perder nada”.
“E
sinto uma satisfação muito grande quando as meninas (bombeiras) vêm pegar aqui.
Porque sei da importância do leite para estas crianças. Gosto de ajudar”. Os
bebês, as suas mães e o BLH do Hospital da Mulher agradecem a solidariedade.
Fonte: Secom/Foto/Washington Nery
Nenhum comentário:
Postar um comentário