Imaculadamente branca, uma garça se esforçava
para pescar tilápias às margens da lagoa do Parque Erivaldo Cerqueira, sem se
importar com a plateia que ora torcia por ela, ora pelos peixinhos. Queria
garantir o lanche da tarde – quiçá o jantar daquele dia.
Com
pernas que medem cerca 40 centímetros, finas como um macarrão, pescoço não
menor, bicão que vai fundo e olhos redondos e grandes cujos ângulos de visão
parecem dar um 360 graus, a ave acompanhava atentamente a movimentação das
piabas.
Milhares
delas passam pela parte mais rasa do lago, em busca de comida fácil. E se
tornam presas fáceis para a ave, que age como predadora que é. A luta pela
comida, pela sobrevivência, é um espetáculo à parte no Parque do Geladinho.
Os
peixinhos queriam se alimentar com os pedaços de pão e a ração jogada no lago
pelos visitantes e funcionários do equipamento, respectivamente. E a garça
lutava para direcioná-los ao seu grande papo. Nem sempre obteve sucesso nas
suas investidas.
Noutras,
o bicão vinha com duas tilápias. O problema era posiciona-los corretamente para
engoli-los. Num desses movimentos os peixinhos escapuliam. Em algumas vezes,
parecia que a garça entalaria devido ao tamanho do lanche.
O
oohh! do público, para o esforço da ave, em alguns momentos ajudou-a a engolir.
Dava para ver o peixe descendo pelo pescoço longo da garça, que parecia não
enfrentar dificuldades naquele momento.
Um
funcionário do parque disse que todas as tardes a garça, com seu caminhar
desajeitado, pousa no píer da lagoa e espera pela aproximação dos peixes, na
certeza de que o lanchem, com seu prato predileto, está garantido. Mostra que é
uma exímia pescadora.
Fonte: Secom/Foto/Washington Nery
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