A primeira pesquisa AtlasIntel/A Tarde em Feira de Santana revela
indefinição na disputa pela prefeitura. Com a diferença dentro da margem de
erro, José Ronaldo (União Brasil) e Zé Neto (PT) disputam voto a voto a
preferência do eleitor feirense.
Num pleito marcado pela rejeição do atual prefeito e pela polarização, a composição de alianças e consolidação de adesões e apoios pode ser capaz de determinar o vencedor e, a julgar pelos números, a tendência na princesa do sertão é de um segundo turno antecipado.
O questionário acessado pelos eleitores perguntou em quem eles
votariam no 1º turno das eleições municipais. José Ronaldo, que disputa seu
quinto mandato, aparece com 39,3%, seguido do deputado federal Zé Neto com
36,5%, uma diferença de 2,8 pontos percentuais, dentro da margem de erro.
Na sequência aparecem o deputado estadual Pablo Roberto (PSDB) com 10,3% e o deputado federal Capitão Alden (PL) com 5,1%. Alden anunciou na última quinta-feira, 18, a renúncia à sua candidatura e declarou apoio a José Ronaldo. A renúncia ocorreu após o período de realização da pesquisa.
Em um eventual 2º turno, José Ronaldo levaria vantagem sobre Zé Neto, com 46,6% dos votos contra 40,8% do petista, mas ainda no limite da margem de erro, de três pontos percentuais. As configurações de 1º e 2º turnos, apesar de parecidas, revelam cenários e possibilidades diferentes, segundo o cientista político Andrei Roman, executivo-chefe da AtlasIntel.
Se a gente fala do 1º turno, a maior chance de crescer é do Zé Neto, por ele capitalizar a rejeição ao Colbert (Martins, atual prefeito) e a transferência dessa rejeição ao Zé Ronaldo”, avalia Roman.
No entanto, as negociações políticas podem interferir nesse
cenário. Se Capitão Alden já declarou seu apoio a José Ronaldo, Pablo Roberto,
que se apresenta como terceira via, pode ser o fiel da balança. O tucano já se
declarou aberto a apoios e nos últimos dias o governador Jerônimo Rodrigues tem
feito acenos para sinalizar disposição de dialogar.
Caso a polarização se acentue, os votos de Pablo poderão definir a eleição, até mesmo no 1º turno, a depender da sua capacidade de transferência de votos e da resistência dos seus eleitores ao PT.
Na contramão de Pablo aparece o atual prefeito Colbert Martins (MDB), com uma rejeição de 72% do eleitorado e até o momento alijado do processo sucessório. A ausência do prefeito no lançamento da pré-candidatura de José Ronaldo causou polêmica na política feirense. Colbert alegou não ter sido convidado.
É preciso contextualizar que Colbert somente se tornou chefe do
executivo municipal devido à renúncia de José Ronaldo, que deixou o cargo para
disputar o Governo do Estado em 2018, sendo derrotado por Rui Costa, reeleito
em 1º turno.
No entanto, as negociações políticas podem interferir nesse cenário. Se Capitão Alden já declarou seu apoio a José Ronaldo, Pablo Roberto, que se apresenta como terceira via, pode ser o fiel da balança. O tucano já se declarou aberto a apoios e nos últimos dias o governador Jerônimo Rodrigues tem feito acenos para sinalizar disposição de dialogar.
Caso a polarização se acentue, os votos de Pablo poderão definir a
eleição, até mesmo no 1º turno, a depender da sua capacidade de transferência
de votos e da resistência dos seus eleitores ao PT.
Na contramão de Pablo aparece o atual prefeito Colbert Martins (MDB), com uma rejeição de 72% do eleitorado e até o momento alijado do processo sucessório. A ausência do prefeito no lançamento da pré-candidatura de José Ronaldo causou polêmica na política feirense. Colbert alegou não ter sido convidado.
É preciso contextualizar que Colbert somente se tornou chefe do
executivo municipal devido à renúncia de José Ronaldo, que deixou o cargo para
disputar o Governo do Estado em 2018, sendo derrotado por Rui Costa, reeleito
em 1º turno.
O ex-prefeito apoiou a reeleição de Colbert em 2020 e agora, ao
que tudo indica, pretende voltar à prefeitura dissociando sua imagem da do
atual gestor. Uma estratégia correta, segundo Andrei Roman, apesar da
dificuldade de descolar a imagem de José Ronaldo do atual prefeito.
“Entendo que é interesse do José Ronaldo se separar do Colbert,
por conta de uma avaliação extremamente ruim”, constata Roman, que acrescenta
ser “impossível distanciar perfeitamente Colbert do José Ronaldo, simplesmente
cancelar toda a história dessa trajetória política, como se nada tivesse
acontecido antes”.
Pesquisa detalhada
A pesquisa AtlasIntel/A Tarde coletou as respostas de 817 pessoas
em 48 bairros de Feira de Santana entre os dias 12 e 17 deste mês. A margem de
erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, e a margem de
confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BA
00586/2024.
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