sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Caratecas autistas trocam de faixa e atestam evolução através do esporte


Acompanhados pelos pais, mães e demais familiares, dezenas de crianças participaram do exame para troca de faixas, na academia de karatê Asteka, no bairro Ponto Central, na noite desta quinta-feira, 19. Entre elas, cerca de 20 portadores do Transtorno do Espectro Autista, integrantes do Instituto Família Azul. A troca de faixa de branca para amarela emocionou familiares e amigos que prestigiaram o evento.
De acordo com a presidente do Instituto Família Azul, Cíntia Souza, Feira de Santana é pioneira no Brasil nesta iniciativa, viabilizada através do apoio do Governo do prefeito Colbert Martins Filho. “Unidos na coletividade, conseguiram vencer os movimentos involutários para estarem fazendo karatê. Então hoje, temos aqui a primeira turma fazendo exame para a faixa amarela e mostrar que na vida tudo é possível”, ressaltou Cíntia.
O professor Oldack Araújo, faixa preta e sexto dan de karatê da academia, explica que a prática do karatê pelas crianças autistas funciona como uma terapia comportamental. “O autista é um pouco reservado. Então com a prática do karatê ele melhora a socialização e a idéia é inseri-los cada vez mais no contexto dos demais caratecas. Então, fazendo exames aqui hoje, com outros caratecas que não são autistas, já é uma etapa desse processo de inclusão", salientou.
Oldack também ressalta a notória evolução dos caratecas autistas. "Depois que começaram a praticar o karatê o comportamento deles melhorou. E os pais estão felizes com essas evolução. A diciplina, a coordenação motora e até a condição da saúde de um modo geral, porque fazem bastante exercícios, que são previamente estudados, que fazem bem à harmonia do corpo e melhora a coordenação motora deles”, avaliou.
Este aspecto é confirmado pelos pais. Ivanilton Cerqueira, pai de Heitor Cerqueira, de 4 anos de idade, garante que a prática do karatê tem ajudado bastante na saúde do filho. “É notável a evolução dele, desde quando começou a participar desse movimento, promovido pelo Instituto Família Azul. Heitor hoje é uma criança que interage muito mais”, comemorou Ivanilton.
A Prefeitura de Feira de Santana apoia a iniciativa através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Outros projetos semelhantes são desenvolvidos no âmbito do Governo Municipal, também em parceria com o Instituto Família Azul, como o Ballet Azul, oficina de balé destinada a meninas autistas que faz parte do Programa Arte de Viver, desenvolvido pela Fundação Egberto Costa.
Fonte: Secom/Foto/Washington Nery

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