Foi encaminhado para o Conselho Tutelar, de Feira de
Santana o bebê de 24 dias de vida que foi levado à Delegacia do Adolescente
Infrator (DAI), na tarde de segunda-feira (23), após denúncias anônimas de que teria sido
vendido pela mãe a um homem pelo valor de R$ 4 mil.
De acordo com a delegada Claudine Passos, que recebeu as
denúncias, o encaminhamento ao Conselho Tutelar foi feito ainda na
segunda-feira, após a mãe do bebê ter sido ouvida em depoimento. "Ela
disse que arrumaria um emprego para ela. Quando estivesse com a vida arrumada,
ela disse que pegaria o filho de volta e iria embora", relata.
Segundo a investigação, causou estranhamento o fato do
bebê não ter sido registrado em nome da mãe, mas do homem a quem ela teria
entregue o bebê. "Com isso, o filho foi encaminhado para o Conselho
Tutelar, que agora vai decidir o futuro dele judicialmente. A mãe foi liberada
após depoimento e voltou para a casa", detalha.
A titular da DAI aponta que, apesar de o caso ter sido
registrado em Feira de Santana, a ocorrência será encaminhada para a cidade de
Alagoinhas, onde o bebê teria sido entregue a um morador do município.
"Ele deve ser ouvido quando caso já estiver em Alagoinhas. Devo encaminhar
até amanhã [quarta]", detalha.
De acordo com Claudine Passos, como justificativa para o
nome na certidão, a mãe alegou que o pai biológico é presidiário e que ela o
substituiu o nome para conseguir emprego. "Na certidão, tem outro pai que
não é o biológico. Ela foi passear em Alagoinhas e lá conheceu um rapaz
homossexual. Ele teria sugerido a ela registrar o filho como sendo dele.
Em troca, daria emprego para ela e uma amiga. Se houve
pagamento, foi dele, que registrou a criança. Nós já checamos no presídio e ela
costumava visitar um rapaz como sendo a sua esposa", explicou ainda na
segunda. A delegada afirma que ela vai responder ao caso em liberdade.
Outro
caso
Em janeiro deste ano, a compra de um bebê por R$ 5 mil também
passou a ser investigada na delegacia de Feira de Santana. A mãe biológica do
bebê é de Fortaleza, no Ceará. Ela disse à polícia que não recebeu dinheiro e deu a criança
por não ter condição financeira de criá-la.
A mulher de 27 anos tem dois filhos criados pelo pai
biológico. A menina entregue à família da Bahia é o terceiro filho da diarista,
de pai diferente. Ela ficou 40 dias internada quando recebeu alta no dia 10 de
março.
O casal de Feira de Santana suspeito de comprar a
criança chegou a ser preso, mas foi liberado do presídio regional por meio de alvará
de soltura concedido pelo plantão judiciário. O advogado dos suspeitos, Guga
Leal, negou que o eles tenham
comprado a menina. Segundo ele, os casal iria procurar as medidas cabíveis para
adotar o bebê.
Fonte: G 1
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