A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está mobilizada para combater a
febre chikungunya – doença transmitida pelo mosquito do gênero aedes – o
aegypti (o mesmo que transmite a dengue) ou albopictus. Dos 16 casos suspeitos
encaminhados para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, cinco foram confirmados,
na manhã desta sexta-feira, 19. Eles apresentavam sintomas compatíveis com a
doença.
A febre chikungunya apresenta alguns sintomas semelhantes ao da dengue
clássica - provoca febre alta, dor de cabeça, dores mais acentuadas nas
articulações, dores musculares e inchaços nas articulações. O período médio de
incubação da doença é também mais prolongado se comparado com a dengue. É de
três a sete dias (podendo variar de 1 a 12 dias).
Durante reunião nesta manhã, os profissionais da Saúde planejaram uma
força-tarefa. A orientação é que todos os casos suspeitos de dengue ou da febre
do chikungunya sejam notificados e investigados, inclusive, com busca ativa de
possíveis novos casos suspeitos da doença, visando bloquear a transmissão para
outros bairros.
A secretária de Saúde, Denise Mascarenhas, observa que a participação da
população é importante para combater a doença em Feira de Santana, eliminando
os principais focos de proliferação do mosquito, como os recipientes que
acumulam água.
“Vamos intensificar o trabalho que já vem sendo feito no combate ao
mosquito, com visitas dos agentes às residências, ações educativas orientando a
população a eliminar os criadouros dentro dos domicílios e reuniões com enfermeiros
e médicos das unidades de saúde públicas e particulares”, afirma.
Os cinco casos confirmados foram registrados no conjunto George Américo
e já existem suspeitas da doença nas áreas vizinhas. “Possivelmente foram
pessoas que estavam em alguma área endêmica da África e trouxeram a
doença para o município”, acredita a secretária. A transmissão desta febre
inicialmente ficou restrita aos países da África e Ásia, sendo os primeiros
casos importados registrados nos Estados Unidos, Canadá, Guiana Francesa,
Martinica, Guadalupe e no Brasil.
A enfermeira referência da SMS, Maricélia Maia, tranqüiliza a população
ao informar que, diferente da dengue, a taxa de letalidade para a febre
chikungunya é menor. Contudo, reforça que a participação da população é fundamental
para o controle da doença. Não existe tratamento específico e nem vacina
disponível para prevenir a doença. Na próxima terça-feira, às 14h, 23, no
auditório Dr. João Batista de Cerqueira, um médico do Ministério da Saúde,
referência da doença, estará capacitando os profissionais de toda a rede sobre
o manejo clínico, diagnóstico e tratamento.
Fonte: SECOM
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