Apontado como o líder da greve da Polícia Militar na Bahia, o vereador Marco Prisco (PSDB)
foi preso na tarde desta sexta-feira (18) em um resort em Costa de Sauípe, no
Litoral Norte do estado, segundo informações do Ministério Público Federal
(MPF).
A prisão preventiva foi determinada pela Justiça Federal
na terça-feira (15), informou o MPF, que fez o pedido nesta segunda.
Segundo a decisão da 17ª Vara Federal, a prisão é
baseada nos artigos 311 a 313 do Código de Processo Penal, visando a
"garantia da ordem pública", e deverá ser cumprida por 90 dias
"em estabelecimento de segurança máxima".
O MPF afirma que ele somente pode recorrer ao Supremo
Tribunal Federal. O pedido faz parte de uma ação penal contra sete acusados por
diversos crimes na greve de 2012, que foram denunciados no ano passado.
A Polícia Federal informou em nota que a prisão ocorreu
em Costa do Sauípe, com apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Aeronáutica.
Segundo a PF, ele chegou em Brasília por
volta das 20h, onde deve permanecer no Presídio Federal de Brasília (Complexo
da Papuda).
Prisco é vereador e diretor-geral da Associação de
Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da Bahia (Aspra).
A greve da Polícia Militar da Bahia teve início na
terça-feira e foi encerrada na tarde de quinta-feira (17). Segundo a Secretaria
de Segurança, foram registrados 59 homicídios em Salvador e região metropolitana durante a
paralisação, 156 carros roubados e seis furtados.
Após assembleia realizada entre líderes do movimento e
PMs em Salvador, Prisco afirmou
que a categoria conseguiu um aumento de 25% no soldo (remuneração específica
dos policiais) para o administrativo da PM; de 45% para o operacional e de 60%
para motoristas. Também foi aprovada a extinção do Código de Ética, nova
discussão sobre o plano de carreira e fim do curso de cabo.
"Os benefícios conseguidos hoje são
para ativos e inativos”, afirmou o líder da PM. “Estamos indo para a
governadoria para a entrega do documento, pois, primeiro, precisávamos
conversar com a
categoria para votação e depois levar o documento assinado para o governo”,
afirmou.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou
que "não participou da operação de cumprimento do mandado de prisão do
vereador de Salvador" e que "assegura o cumprimento de todos os itens
do acordo firmado com as associações representativas da Polícia Militar".
Para Fábio Brito, vice-presidente da
Aspra, a “prisão é arbitrária". "Ele é vereador eleito, tinha que ser
domiciliar ou na Câmara de Vereadores, e não em presídio de segurança máxima. É
o que garante a Constituição. É um absurdo”, afirmou ao G1.
Fonte: G 1
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